A cada dia há mais pessoas se familiarizando com estatística, entendendo sua real função e compreensão. Reconhecendo que a estatística é uma das ferramentas indispensáveis em todas as ciências, sejam elas nas áreas exatas, humanas ou de saúde.
Nos tempos que vivemos hoje, do conhecimento e da geração de informações oriundo de muitas formas e canais, armazenar dados deixou de ser o grande desafio, a atual inquietação é compreendê-los e tirar o melhor proveito das informações que temos disponíveis.
Quando temos um conjunto de informações, logo pensamos: O que podemos tirar de proveito destas informações? E como? Quais informações devem estar presente na análise? Quais devem pertencer ao modelo que otimize os meus resultados? Estas são algumas das dúvidas cotidianas de quem trabalha com informações.
Em um primeiro momento, devemos descrever todas essas informações e de posse desse conhecimento adquirido, verificar qual melhor técnica estatística deverá ser utilizada, para que os resultados sejam fidedignos. Devemos sempre ter cuidado com a técnica estatística utilizada, pois caso contrário, reproduziremos resultados não que condizem à realidade nem com o propósito do estudo.
Como estatística já participei vários projetos, em que o contratante vinha com seu conjunto de informações e pedia “Quero que tu faças o Teste p, porque esta pesquisa é parecida com a minha e quero fazer o mesmo teste”. Lembro que parava, pensava um pouco e perguntava; “Mas qual é o objetivo desse estudo?” “E a tua pesquisa tem o mesmo objetivo?” “Vamos ver quais são tuas variáveis?”. Em apenas duas perguntas já tinha certeza que o Teste desejado não era o Teste adequado ou a modelagem indicada para aquele estudo. Imagine quantos trabalhos já foram refeitos ou alunos reprovados porque a análise estatística não estava correta. Então vamos para o mundo atual, onde temos milhares de informações a nosso dispor e temos também programas que nos dão o resultado em minutos, mas cuidado podemos estar cometendo um erro antigo, achar que todos os dados seguem o mesmo padrão.
Vou contar um segredo para vocês, infelizmente ou felizmente à estatística leva em consideração, muitas suposições e regras, que nunca devem ser desconsideradas, antes de fazer um teste, a desconsideração destas regras/suposições é um dos principais motivos de analises inadequadas.
Devemos sempre ter atenção em todo o processo, levando em consideração desde de o objetivo do estudo, até a análise de dados. Porque o objetivo é um só, acertar na decisão a ser tomada com as informações que temos. Não adianta termos um conjunto de dados “muito bonito”, com muitas informações, tecnologia avançadas e softwares que fazem todos os testes/análises, se utilizarmos a técnica inadequada para o estudo, teremos como resultado que nos induzirá à tomada de decisão inadequada. E o que serviria para uma estratégia de sucesso poderá nos ser a pior tomada de decisão da nossa vida, acumulando perdas.
Usiara Britto. Supervisora de Pesquisa. Utiliza seus conhecimentos estatísticos para garantir que o plano amostral planejado seja executado. Se relaciona com as equipes de coleta e garante que a execução esteja alinhada ao projeto de pesquisa.