Atualmente a sociedade brasileira vivencia um debate em relação a situação do país no que diz respeito ao binômio ordem ou progresso. O que seria primordial vir primeiro? As duas premissas devem vir juntas? Ou primeiro realizar uma para depois a outra?
A ordem tem no seu conceito básico a ideia de se colocar as coisas no seu devido lugar, deixar tudo organizado, cada peça tem seu lugar específico e tem um funcionamento. Que as normas, regulamentos ou leis sejam cumpridas. Neste debate entra o respeito e a sensação de segurança.
Já o progresso está baseado no desenvolvimento, crescimento propriamente dito, seja ele econômico, financeiro ou estrutural. Geração de empregos, investimentos em saúde, educação e segurança pública ou aumento dos salários dos trabalhadores.
Diante deste debate nacional e para balizar o que viria primeiro, ordem ou progresso, o IPO – Instituto Pesquisa de Opinião realizou uma pesquisa, onde se verificou a opinião dos gaúchos sobre o tema: ordem ou progresso, o que precisa ser feito primeiro?
Aplicou-se a seguinte pergunta aos entrevistados e ofertou-se as seguintes opções de resposta: Os eleitores de Bolsonaro defendem que o Brasil primeiro precisa de ordem e depois é que se deve pensar no progresso. Qual a sua posição sobre esta frase: (a) sr.(a) é a favor ou contra?
A maior parte dos entrevistados, 64,5% é favorável a ordem em primeiro lugar e 27,9% é contra. Analisando o perfil de quem elenca a ordem em primeiro lugar, verifica-se que no interior do Estado essa opinião é maior e mais hegemônica em todas as mesorregiões, já na capital este comportamento tem menos força, visto que 54,5% priorizam a ordem e 31,6% são contrários.
O perfil socioeconômico destes gaúchos que preferem a ordem em primeiro lugar é composto na sua maior parte pelos homens, de 25 a 34 e acima de 60 anos, com ensino fundamental, de renda familiar de 1 a 2 salários mínimos, de população econômica ativa.
A partir desse debate verifica-se que a população gaúcha está inclinada, neste momento, para a ordem, principalmente relacionada a moralidade política que foi perdida ao longo dos últimos anos em todos os âmbitos da sociedade e o clamor por maior segurança pública, que é um dos grandes anseios da população. Mas também é certo que que fatores primordiais como educação e saúde também são essenciais neste momento e precisam estar no debate.
Izan Müller da Silva, cientista da área da gestão, formado em administração de empresas e especialista em Gestão de Projetos. É desafiado por projetos complexos, em que consiga transformar números em conhecimento. Como analista esteve à frente de projetos para Ecosul, Triunfo, AGERS, Fisa, Labore, Sil Ambiental e Grupo Solvi.