Nos últimos anos a população brasileira teve seu poder de compra abalado, em função de instabilidades econômicas, políticas e sociais. Mas há um setor que não para de ampliar, que é o dos Shopping Centers, malls ou strip malls, como são chamados em outros países, dependendo da ABL (Área Bruta Locável), tipos de lojas, localização, estilo dentre outras características. Os Shopping Centers existem no Brasil desde a década de 60 e, com o passar dos anos, houve uma profissionalização do setor, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico do país.
De acordo com a ABRASCE (Associação Brasileira de Shopping Centers), houve um aumento significativo no número destes Centros de Compras no país, que, por consequência, foi acompanhado pela ampliação do número de lojas, faturamento, geração de empregos e tráfego de pessoas. Em 2006 haviam 361 Shoppings no Brasil, este número subiu para 538 em 2015 e, estima-se, que no final de 2016, tenha chegado a 568. Porém, este mercado vive o conflito de crescer em número de unidades e sofrer a tendência de diminuição do consumo, resultando em mais lojas e menos valor agregado.
Estes novos centros de compras têm como principal meta adequar-se às características de seu público, mantendo-se atrativo aos frequentadores. Neste aspecto, as pesquisas de mercado contribuem com os empreendedores e lojistas, através do mapeamento do perfil dos consumidores e na concepção e compreensão das personas. Um empreendedor que conhece seu público, possui vantagens competitivas para atrair, conquistar e manter o consumidor, principalmente em tempos de crise.
Pesquisas realizadas pelo IPO – Instituto Pesquisas de Opinião verificaram que este tipo de empreendimento é adotado pelos consumidores como local multiuso, que pode ser explicado por três fatores:
- De entretenimento (é espaço de convivência, de lazer e de compras).
- De segurança (desde o local para estacionar, quanto pela maior sensação de segurança);
- Como local com mix de lojas e serviços à disposição.
Estes fatores tornam-se determinantes para a escolha de um Shopping em detrimento de comércios de rua: trata-se de espaços que oferecem comodidade e conveniência, independente do tamanho da cidade em que estão localizados (seja em capitais ou cidades de interior).
A competição entre os shoppings e o comércio de rua se tornarão mais intensas, caberá aos shoppings utilizar o seu diferencial competitivo, ampliando o conhecimento do mercado, explorando a criatividade e o “jogo de cintura” para driblar a “crise” e tornar-se um sobrevivente dela pois, sim… a população vai continuar frequentando os Shoppings!
Os consumidores continuarão a usufruir desta estrutura multiuso que lhes proporciona segurança, lazer, entretenimento e espaço de convivência sem, necessariamente, pagar por isso!