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As transformações tecnológicas mudam nosso modo de viver

Em um mundo conectado, as pessoas têm cada vez mais pressa. Se antigamente a “pressa era a inimiga da perfeição”, hoje, a rapidez se tornou o objeto almejado pelos produtores e consumidores de tecnologia. Neste sentido, como diria Bauman (2001)*, as relações se tornam fluidas e o tempo cada vez mais escasso e caro, não permitindo a reflexão e nem o ócio criativo.

O tempo e a existência sempre foram objeto da curiosidade humana. A partir do século XX, essas duas dimensões da vida ganham uma importância fundamental. Tempo é dinheiro! Talvez uma das mais clássicas frases que possuem a capacidade de traduzir o espírito da sociedade de consumo. Com o desenvolvimento tecnológico, especialmente nas últimas décadas, passamos por uma revolução não apenas nas relações do capital, mas que afetou profundamente a cultura através da rede mundial de computadores que hoje se estende a uma série de aparelhos que julgamos indispensáveis em nosso cotidiano.

A interligação das conexões através da internet possibilitou não somente a criação de uma comunicação global, sem fronteiras, baseada na troca de informações e na criação de uma nova linguagem, mas também se transformou em uma gigante rede de vigilância e consumo, ou seja, um lugar onde a qualquer momento uma informação pode ser vazada por algum “espião”.

O impacto dessas mudanças e transformações tecnológicas interferiu e continua a mudar o nosso modo de viver. A correta regra ortográfica sofre mutações constantes nas redes sociais, a possibilidade de troca com outras culturas, acaba por nos exigir uma constante atualização na maneira como nos expressamos. O grande volume de informação a que temos acesso parece não ter fim, no entanto, nossa capacidade de retenção, processamento e análise parece não acompanhar tal rapidez tecnológica.

A internet, assim como as redes sociais, tem servido como um instrumento para compartilhamento de textos e imagens. Ela pode ser muito bem utilizada, se pensarmos em fins educativos, mas pode facilmente ser um eficiente instrumento de controle e alienação, quando controlada por empresas.

BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 2001.

Fábio D´Avila: Cientista da comunicação, é um entusiasta da área da pesquisa. Altamente comprometido com a gestão da informação, critica persistentemente os dados

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