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A importância do diploma divide espaço com as vivências práticas do aluno

As pesquisas de mercado têm o objetivo de dar maior assertividade às decisões de um gestor. As pesquisas quotidianas do setor da educação podem ser feitas com os principais players do mercado de educação: com o público interno (alunos, professores, funcionários) e, também, com o público externo (como dirigentes de empresas, pais de alunos, formadores de opinião entre outros).
Recentemente o IPO – Instituto Pesquisas de Opinião realizou um estudo qualitativo e quantitativo na área da educação superior avaliando a opinião de stakeholders como: empresas, gestores públicos, formadores de opinião, alunos, pais de alunos, egressos e potenciais alunos sobre IES (Instituição de Ensino Superior).
Uma das questões que inquieta os gestores do mercado educacional privado é: a reputação de uma marca agrega valor ao diploma?
A importância do diploma para a colocação no mercado de trabalho foi um dos temas questionados na pesquisa, tanto com formadores de opinião como com potenciais alunos. Os resultados obtidos constataram opiniões divididas. Para metade dos que consideram que o diploma faz diferença, o principal argumento está relacionado à qualidade do ensino, a preocupação com o conteúdo e a aprendizagem de cada instituição. Quem defende a ideia de que o “diploma é diferente’’ justifica que há uma preocupação maior com o ensino de umas instituições em relação a outras, já outros dizem que há diferença dependendo do curso, como por exemplo Direito, Medicina e Engenharia.
Para os que afirmam que o diploma não faz diferença o principal fundamento é a tese de que ‘’quem faz a diferença é o aluno’’, ou seja, o diferencial é de cada um. Esta lógica traz consigo o argumento das vivências de mercado que o aluno acumula durante o curso de graduação.
Com a crise econômica, a importância do diploma esbarra na falta de vagas no mercado, percebida pela menor oferta em todas as áreas. Um dos dilemas dos egressos, que já atuam no mercado de trabalho, é a dificuldade de mudança profissional, para sua área de formação, após a obtenção do diploma. Houve uma mudança na influência do diploma na trajetória profissional em função da crise econômica. Até 2012, o diploma era visto como um cartão de visita para a obtenção de um novo emprego ou promoção. A partir da crise, os egressos aventam outras possibilidades investindo no empreendedorismo. Neste contexto o diploma representa o estabelecimento de novos profissionais liberais como empresários.
O diploma faz a diferença quando está associado ou proporciona experiências práticas ao aluno, que possibilitem ações cotidianas percebidas pela sociedade e pelo mercado.

Munique Fernandez. Analista de pesquisa. Psicóloga especializada em gestão de talentos, atua na análise de estudos comportamentais. Responsável pelo processo de digitalização da coleta de dados do IPO, preocupa-se com a validação dos dados de forma georreferenciada. Atuou na análise de dados de clientes como Univates, WRI, UCS TV, Shopping Pelotas, Banrisul, entre outros.

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