Tem um dito que diz que “o brasileiro não desiste nunca” e é muito utilizado para retratar a força da crença, da persistência da população.
É justamente essa esperança que tenho visto retratada em pesquisas quantitativas e qualitativas realizadas pelo IPO – Instituto Pesquisas de Opinião no RS, no mês de maio.
As palavras esperança e otimismo estiveram presentes nas falas de 5 em cada 10 gaúchos entrevistados. Estou falando que a metade dos gaúchos acreditam em dias melhores, avaliam que a sua vida e de sua família irá melhorar até o final do ano.
E os motivos que justificam essa percepção positiva perpassa diferentes lógicas: passa pelos sonhos pessoais de cada um, pelo papel da fé, em alguns casos está ancorada em um projeto profissional ou até mesmo na eleição.
E essa boa vibe está associada a uma vontade imensa de superação, de dar a volta por cima, após dois anos de pandemia. Os que estão com a esperança em alta, motivados por um sonho pessoal, estão dando muito valor a retomada da vida em sociedade. Estão felizes por conseguirem fazer coisas cotidianas como ir à escola, ao trabalho, às festas ou simplesmente visitar familiares. Nesse grupo há aqueles que pensam em mudar o status do relacionamento ou até aumentar a família. Muitas pessoas desse grupo estão com problemas financeiros, mas o otimismo move a perspectiva de que tudo isso irá passar.
Tem aqueles que trazem a religião como principal narrativa, mostram resiliência e muita perseverança. Creem que “depois da tempestade vem a bonança” e os dias melhores, que se aproximam, serão acompanhados de boas lições, de importantes ensinamentos para a humanidade.
Os que se movem por objetivos e traçam metas estão inspirados com as possibilidades que o mercado de trabalho está oferecendo, estão esperançosos com seu crescimento profissional. Sinalizam que são proativos e dedicados ou com muita inspiração empreendedora. Estão com muita boa vontade e se sentem como parte desse processo de melhoria. Acreditam que se cada um fizer a sua parte o mundo será um lugar bem melhor.
Ainda analisando a metade que está otimista com o futuro próximo, tem uma galera que está de olho no resultado da próxima eleição. Tem aqueles que acreditam que os dias melhores estão associados à eleição de Lula e aqueles que sonham com a reeleição de Bolsonaro.
Os que colocam suas fichas em Lula, acreditam que o Ex-Presidente terá condições de estabilizar a economia, tirar muitas pessoas da miséria e propiciar o crescimento econômico das famílias. Com um sentimento de nostalgia, lembram da época em que se falava da “nova classe C” e têm esperança de que esse período volte, acompanhado de muitos programas sociais.
Aqueles que mostram confiança na vitória de Bolsonaro salientam que a reeleição é necessária para que o atual Presidente consiga cumprir todas as suas promessas, especialmente as relacionadas às reformas de que o Brasil tanto precisa para ser mais justo, garantindo as “quatro linhas da constituição” para todos os brasileiros.